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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

POMBAL - AL-PAL-OMAR, O MOURO - lenda nº 22

Texto e ilustração de Santos Costa

Tinha como nome Al-Pal-Omar e era um mouro ainda jovem, valente guerreiro e senhor de grande sedução entre mulheres mouras e cristãs. Ciente desses encantos e acolitado por grande número de guerreiros, o mouro Pal-Omar abastecia o seu harém com numeroso lote de concubinas, bem guardadas por fiéis soldados e outros tantos eunucos, como era costume lá pelas arábias.
Quem não aceitava o harém e, mais ainda, a posse da terra, eram os cavaleiros Templários, que decidiram armar um exército para fazer frente às tropas de Pal-Omar. Mesmo assim, os Templários tiveram de recorrer à ajuda do arcanjo S. Miguel, cercando os mouros na fortaleza dos seus domínios, na região de Pombal. Travou-se duro e feroz combate, de que saíram vencedores os cavaleiros cristãos.
Dominadas as forças mouras, exterminados muitos adversários, os Templários não conseguiram deitar a mão ao jovem mouro Pal-Omar, que conseguiu fugir a uma morte certa, encavalitado entre as asas de uma enorme ave (possivelmente uma águia, embora se assegure que seria um pombo). Voou pelos ares  e aterrou num seu palácio encantado, onde já tinha precisamente encerrado um número considerável de mulheres do seu harém.
Ao saberem desse segundo refúgio, os Templários taparam todas as saídas do palácio, por terra e por ar, e construíram-lhe em cima um bom castelo de pedra.
Diz a lenda que o nome do mouro deu origem a Pombal, e que o castelo construído pelos Templários ainda se pode reconhecer, à distância, como o vetusto castelo de Pombal, sobre um maciço rochoso na margem do rio Arunca. Quanto ao mouro, continua algures sob encantamento.  

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