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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

ALCÁCER DO SAL - O CASTELO SE DÁ - lenda nº 28

Texto e ilustração de Santos Costa

D. Afonso Henriques teimara em conquistar aos mouros o Castelo de Arminho, mas os defensores da fortaleza também eram teimosos e não estavam dispostos a abrir sequer uma nesga da porta.
Junto do rei estava um dos seus melhores homens, de seu nome Nuno Mendes, cavaleiro ao qual o monarca recusou dar a mão de sua filha Urraca, uma vez que já a tinha prometido a D. Fernando II, rei de Castela.
O cerco do castelo de Arminho durou algum tempo, mas não podia durar sempre. Por isso, o rei chamou de parte Nuno Mendes e encarregou-o de uma delicada missão, que era ele pedir para entrar sozinho no castelo e parlamentar com o alcaide mouro.
- Dizei a esse mouro que se teimarem em lutar e não abrirem as portas, quando eu os vencer e entrar dentro das muralhas, darei ordens para que todos sejam passados à espada, seja quem for!
Nuno Mendes partiu nessa missão, acompanhado de um fiel soldado. Solicitaram-se tréguas e as portas do castelo abriram-se para entrar o mensageiro.
O certo é que Nuno Mendes terá sido convincente, porque algum tempo depois chegou-se à muralha, brandiu a espada e gritou para as hostes cristãs lá em baixo:
- O castelo se dá!
D. Afonso aceitou a rendição e poupou a vida aos vencidos, cumprindo a palavra. Tratou logo de mudar o nome do castelo, que até ali era Castelo de Arminho e passou a ser o Castelo da Seda, resultado das palavras de Nuno Mendes: "o castelo se dá!"

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