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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

COIMBRA - O ALCAIDE FIEL - lenda nº 13

Texto e ilustração de Santos Costa

D. Afonso III, com o apoio do papa, depôs D. Sancho II. Muitos castelos, porém, permaneceram fiéis ao rei deposto, tendo sido reconquistados pelo novo monarca. Houve alguns que continuaram fiéis ao anterior, negando-se a entregar os castelos a D. Afonso III, como foi o caso do castelo de Coimbra, onde era alcaide Martim de Freitas.
D. Sancho partiu para o exílio em Toledo, onde veio a falecer mais tarde, sendo então sepultado na catedral daquela cidade.
D. Afonso III, o conde de Bolonha, determinado em acabar com as resistências dos castelos que não lhe prestavam vassalagem, resolveu pôr cerco ao castelo de Coimbra, onde ainda resistia Martim de Freitas. Este, teimosamente, recusara render-se e entregar as chaves, mesmo depois de o rei lhe ter prometido muitas benesses, caso obedecesse. Porém, nem as promessas nem o cerco e os combates demoveram o fiel alcaide de D. Sancho, que resistiu.
Quando chegou a Coimbra a notícia da morte de D. Sancho, Martim de Freitas deixou o castelo, pediu um salvo-conduto a D. Afonso III, atravessou o cerco dos soldados do rei e dirigiu-se a Toledo, onde confirmou a notícia da morte. Ali conseguiu que lhe fosse aberto o túmulo e viu o cadáver do rei, de quem recebera a chave e a quem dedicara fidelidade. Pegou então na chave da cidade de Coimbra e pousou-as nas mãos do cadáver. Em seguida, retomando a chave, regressou a Portugal e foi entregá-la a D. Afonso III.

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