Muita gente conta, testemunhas
relataram, os jornais registaram e a ciência investigou, não só em Portugal
como na Itália, Inglaterra e Alemanha, os estranhos ataques que acometiam
Albano Beirão, o Albaninho do Aveloso, imortalizado como Homem Macaco.
Muitos dos fenómenos foram relatados em
jornais da época, outros pelo próprio e muitos deles pelos populares que
observaram as extraordinárias proezas, que só podiam vir de alguém que detinha
um super poder, ainda que sob a influência de uma doença intrigante. Não se
diz, entre todos os casos, que fizesse mal a alguém, homem, mulher ou criança.
Conta-se que Albaninho encontrava-se certo dia na praça
da Mêda e, surgindo-lhe um ataque,
ergueu um dos assentos em pedra dos bancos que se encontram junto à igreja.
Como se fosse um um mero tijolo e não um pesado bloco de pedra, ergueu-o acima
da cabeça e atirou com ele ao chão, partindo a pedra em duas metades.
Dois guardas-republicanos que se
encontravam perto viram a atitude e alarmaram-se. Porém, como representavam a
autoridade e a atitude descontrolada do homem, aproximaram-se dele quando já lhe
havia passado o ataque e se encontrava calmo.
“Estás preso!”
Os agentes da autoridade eram novos no
quartel e conduziram o “preso” até junto do administrador do concelho, que ao
vê-los entrar com o Albaninho inquiriu:
“Os senhores não sabem quem é este
homem?”
Eles encolheram os ombros.
“Ponham-se a andar para o posto, e
depressa, antes que ele faça alguma coisa.”
“Nós temos armas, podemos dominá-lo!”
“Quais armas, nem meias armas! Vão-se lá
embora antes que ele vos ponha de plantão com dois tabefes…”
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