No
centro de Ansião encontra-se um painel de azulejos cuja lenda circula como
razão do topónimo.
Quando
a vila de Ansião ainda não passava de um pequeno lugar habitado, foi visitada
pela rainha D. Isabel de Aragão, esposa do rei D. Dinis. Entre a multidão que
aguardava a passagem da rainha, quase esquecido junto a um muro, estava um
ancião pobre a pedir esmola para sobreviver. No meio daquela gente e sozinho,
como se não participasse da receção à rainha, mal se via o pobre homem. No
entanto, a rainha viu-o e chamou-o para junto de si.
“Vinde
até mim, pobre ancião!”
Ele
levantou-se a custo e, amparado ao seu bordão, chegou-se junto da rainha
através de um corredor de gente que se afastara para o deixar passar.
Ele
ajoelhou-se junto daquela formosa dama, de quem o povo dizia ser milagrosa e
que também tinha a fama de acudir aos pobres que encontrava. Porém, D. Isabel
pediu que ele se levantasse e ajudou a ficar de pé junto a si, passando então
para a mão dele uma moeda de ouro.
Depois
deste gesto de caridade, a rainha virou-se para os seus acompanhantes, a
maioria deles homens e mulheres da corte, e disse, apontando o mendigo:
“Esta
é a terra do ancião!”
As
aias repetiram o que a ama disse. E o ancião deu o nome à terra.
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