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sexta-feira, 13 de maio de 2016

ALANDROAL



Junto à margem direita do Guadiana encontra-se a antiga vila de Juromenha, reedificada a sua fortaleza por D. Dinis no ano de 1312. O brasão de armas do séc. XIX ostenta um castelo, cercado por água, pendendo de cada um dos lados dois grilhões, sendo que estes significam um antigo privilégio que os seus moradores gozavam, de não poderem ser mudados para outra cadeia fora da vila sem que os tribunais pronunciassem a sentença final.
A lenda não justifica o brasão, mas o topónimo.
Conta-se que nesses primitivos tempos um nobre que era dono do castelo e dos domínios ao redor, quis deserdar a sua irmã, ficando ele dono e senhor de toda a herança paterna. Para além disso, assedia a irmã e pretendia que ela mantivesse com ele relações incestuosas.
A irmã do senhor feudal chamava-se Mênha e recusava as propostas do irmão, mormente aquela que envolvia a cupidez e o desejo de a ter como concubina. Face a essas negativas, o suserano prendeu-a na masmorra do castelo, na esperança que nessa solidão e ausência de convicções, ela dobrasse e acabasse por aceder aos seus desejos. Diariamente era formulada a proposta, mas Mênha era pronta na resposta e na jura:
“Jura Mênha que não aceita.”
Terá ela acabado os seus dias naquelas ínfimas condições, mas não de deixou vencer. Uma das torres se chama Torre da Mênha – que alguns dizem Manha - e a vila Juromenha.

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