Texto e ilustração de Santos Costa
Quando descobriu o Brasil, Pedro Álvares Cabral, navegador português de Belmonte, levava consigo uma imagem de Nossa Senhora da Esperança. esta imagem chegou a ser transportada até à Índia, onde uma capela em sua homenagem foi erguida. Actualmente, a imagem está na igreja da Sagrada Família, em Belmonte, e a ela anda ligada uma lenda.
Um soldado de Belmonte, de nome Manuel, decidiu combater os mouros. Como era corajoso, mostrou o seu ardor no mais aceso da luta, espalhando inimigos caídos à sua volta. Na viagem de regresso ao reino, o barco em que viajava foi capturado por piratas mouros, que o prenderam nas masmorras de um castelo, lá nas arábias. Ficou num catre húmido e escuro, na companhia de ratazanas, até ao dia em que os seus carcereiros o venderam como escravo.
Foi então comprado por um mouro rico, que o pôs a trabalhar nos serviços mais duros, alimentando-o mal e pondo-o a dormir dentro de uma arca de cereal, a qual tinha o cuidado de fechar à chave.
Manuel falava muito em esperança, a tal ponto de o mouro querer saber o que significava.
- Esperança é o desejo de regressar a Belmonte.
E o mouro fechava-o novamente à chave na tal arca.
Manuel apelava à Nossa Senhora da Esperança com tal fervor, que um dia esta lhe apareceu,, abrindo a arca.
- Irás cruzar os ares dentro da tua arca.
Era vésperas do dia de Páscoa e a arca voou pelos ares, indo aterrar em Belmonte com o Manuel Lá dentro.
O povo erigiu nesse sítio a capela de Nossa Senhora da Esperança.
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