Número total de visualizações de páginas

domingo, 22 de novembro de 2020

FIGUEIRÓ DOS VINHOS - O SALVAMENTO DE DONA MÉCIA - lenda nº 7

 Texto e desenho de Santos Costa

Mauregato, rei de Leão, resolveu aliar-se ao califa de Córdoba, tendo este imposto ao leonês, como condição da aliança, que Mauregato lhe entregasse um tributo de cem virgens, sendo metade delas de origem nobre e a outra metade de condição plebeia. Estas virgens eram destinadas aos haréns do Norte de África.

Mauregato recorreu à sua força de caçadores, que ficou encarregada de percorrer as Astúrias, a Galiza e a Lusitânia e recolher aquela centena de virgens.

Um dos grupos de caçadores apanhou seis vítimas, de entre as quais se encontrava Dona Mécia, filha de Ramiro, o qual não a pudera defender devido à elevada idade.

Levando consigo as cativas, o grupo chegou a Alvaiázere, onde todos ficaram a saber que um certo cavaleiro, chamado Guesto Ansures, andava por aquela região com o fito determinado de libertar as cativas.

Resolveram então colocar as jovens a dormir numa cabana, enquanto eles montavam a guarda à volta daquela improvisada cela. A cabana situava-se para os lados do lugar de Portelão, a pouca distância da que é hoje a vila de Figueiró dos Vinhos. As raparigas na cabana choravam de medo, tanto mais que os captores, do lado de fora, lhes causavam terror, falando do destino que as esperava nos haréns.

Tanto riram e folgaram os caçadores de Mauregato, que todos eles acabaram por adormecer, sem saberem que Guesto Ansures já tinha atravessado o rio Alge e seguia naquela direcção.

O cavaleiro cristão Guesto Ansures, sabia que Dona Mécia, de quem se mostrava apaixonado, estava entre as seis cativas e mais lhe deu forças para cair sobre os mouros, abatendo-os.

Horas depois, Ansures devolvia Dona Mécia a seu pai, o qual abençoou desde logo o casamento entre ambos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.